“…E vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, pela abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico…” esta passagem de Marcos 2:3-4, torna evidente a importância da comunidade na busca pelos anseios mútuos, pois há um fator nesta cena onde um paralitico impossibilitado de ter acesso a comunhão dos demais junto a Jesus Cristo, é conduzido por quatro homens do seu circulo de relacionamento social que o carregam e empreendem uma manobra logística afim de que ele, o paralitico possa ter este encontro que irá mudar drasticamente toda rotina de vida deste desprivilegiado, pois ao unir forças, e tornarem comum o objetivo, estes quatro homens entram para os registro dos textos sagrados ao empreenderem tamanho esforço no objetivo mútuo da realização pessoal deste homem paralitico que é o milagre da cura. Hoje, a importância da comunidade é imprescindível quando nos deparamos com pessoas que, perderam as esperanças, que já não tem mais forças, estão esvaídos mental, emocional e espiritualmente, necessitando que alguém os carregue e mostrem que se importam com a dor alheia, com a fragilidade humana, a sociedade esta carente da mutualidade, do desapego egocêntrico. Na cena onde Jesus está, a multidão representa o obstáculo para se alcançar o objetivo, hoje, os obstáculos estão na frieza de relacionamentos, na incredulidade ante a multiplicação do comercio escandaloso da fé, do ritualismo burocrático, das regras e preceitos interpretados religiosamente que impede os necessitados de ouvir uma palavra incondicional que diga “levante, ande, teus pecados estão perdoados, você está livre, a única divida que você tem é esta, faça aos outros aquilo que você quer que façam a ti”, isso é amor, isso é comunidade, isso é cidadania, isso é a verdadeira religião. *Por Jair Nogara
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